segunda-feira, 21 de março de 2011

Apresentação do Autor da Obra :)

Aluísio de Azevedo.
Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo , nasceu em São Luís, no dia 14 de abril de 1857 e morreu em Buenos Aires, dia 21 de janeiro de 1913.
Foi um romancista, contista, cronista, diplomata, caricaturista e jornalista brasileiro. Além de bom desenhista e discreto pintor.
Como um jornalista, Aluísio Azevedo ia aos locais onde pretendia ambientar seus romances, conversava com as pessoas que inspirariam suas personagens, misturava-se a elas. Procurava assim reproduzir o mais fielmente possível a realidade que retratava. Além disso, desenhista habilidoso, às vezes, desenhava suas personagens em papel cartão, recortava-as e as colocava em ação, num teatro para si mesmo, de modo a visualizar as cenas que iria narrar.
Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo foi um crítico impiedoso da sociedade brasileira e de suas instituições. Abandonou as tendências românticas em que se formara, para tornar-se o criador do naturalismo no Brasil, influenciado por Eça de Queirós e Émile Zola. Seus temas prediletos, focados na realidade cotidiana, foram o anticlericalismo, a luta contra o preconceito de cor, o adultério, os vícios e a vida do povo humilde.
Nascido em São Luís, Aluísio viajou para o Rio de Janeiro aos 17 anos a chamado do irmão, o teatrólogo Artur Azevedo. Começou a estudar na Academia Imperial de Belas-Artes e logo passou a colaborar, com caricaturas e poesias, em jornais e revistas.
A partir da publicação de seu primeiro romance, Uma lágrima de mulher (1880), em estilo romântico e extremamente sentimental, viveu durante 15 anos do que ganhava como escritor. Por isso, sua obra pode ser dividida em duas partes: a primeira, romântica, escrita para agradar o público e vender bem, de modo a garantir-lhe a sobrevivência. A segunda, naturalista, para expressar sua visão de mundo e as mazelas do Brasil. Foi esta que lhe deu destaque na história da literatura brasileira.
É o caso de O mulato, publicado em 1881, no auge da campanha abolicionista, que provocou um grande escândalo. O autor tentava analisar a posição do mestiço na sociedade maranhense de seu tempo e atacou o preconceito racial. Até 1895 escreveu 19 trabalhos, entre romances e peças teatrais. Continuou colaborando em jornais e revistas, com caricaturas, contos, críticas e novelas. Ele próprio tentou lançar em São Luís um periódico anticlerical intitulado O Pensador, no mesmo ano de publicação de O mulato. A reação hostil da sociedade provinciana e do clero fez com que voltasse definitivamente para o Rio de Janeiro.
Ao ingressar por concurso na carreira diplomática, em 1895, encerrou a sua história literária. A serviço do Brasil, esteve na Espanha, Japão, Uruguai, Inglaterra, Itália, Paraguai e Argentina, onde morreu.
Além de O mulato, os romances que o consagraram perante a crítica e o público culto foram: Casa de pensão (1884), inspirado num caso da crônica policial do Rio, que descreve a vida nas pensões chamadas familiares, onde se hospedavam jovens que vinham do interior para estudar na capital; e O cortiço (1890), considerado sua obra-prima, onde narra, em linguagem vigorosa, a vida miserável dos moradores de duas habitações coletivas.


OBRAS:
Uma Lágrima de Mulher, romance (1880)

O Mulato, romance (1881)

Mistério da Tijuca ou Girândola de Amores, romance (1882)

Memórias de um Condenado ou A Condessa Vésper, romance (1882)

Casa de Pensão, romance (1884)

Filomena Borges, romance (1884)

O Homem, romance (1887)

O Cortiço, romance (1890)

O Coruja, romance (1890)

A Mortalha de Alzira, romance (1894)

Demônios, contos (1895)

O Livro de uma Sogra, romance (1895)

O Japão, publicado, a partir de manuscritos encontrados na Academia Brasileira de Letras (1894)

O Touro Negro, crônicas e epistolário

Os Doidos, peça

Casa de Orates, peça

Flor de Lis, peça

Em Flagrante, peça

Caboclo, peça

Um Caso de Adultério, peça

Venenos que Curam, peça

República, peça

O Esqueleto, não obstante publicado em recente versão de suas obras completas, organizadas por Nogueira Jr, não é de autoria de Aluísio Azevedo senão da de Olavo Bilac e de Pardal Mallet.

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